sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Os rios, água e a vida na aldeia

A Ponte e o Monumento:

A Ponte


-Monumento da Ponte Salazar-

A Vida no Rio:

- A lavar a roupa no Regato da Fonte de Chafurdo-



-grupo de rapazes da Foz do Dão, depois do banho no Rio Mondego-



As Cheias do "Basófias" e do Rio Dão:



A Foz do Dão tinha grande manancial de àgua. Se outro não houvesse, bastavam os dois rios que banhavam a aldeia.

A água para uso doméstico provinha de uma fonte de chafurdo que ficava no meio do areal do rio Mondego. Água boa! No Verão, fresca como que saída de um frigorifico. de Inverno, tépida.

Sempre que havia enchente a fonte ficava submersa mas, a mãe natureza, não nos deixava sem água de boa qualidade, pois, logo que a fonte submergia, brotava uma bica na barreira do encontro do lado esquerdo da ponte.

Na decada de 60, a Autarquia, mandou abrir um poço e instalou ali uma bomba manual.

No entanto, e apesar deste poço se encontrar relativamente mais próximo das casas, a fonte, desde que disponivel, continuou a abastecer a aldeia.

Havia muitas outras bicas nas encostas e vales da terra que permitiam saciar a sede, mas, quando ela apertava e a bica ficava longe, havia sempre o recurso ao rio.

Dada a temperatura da sua água, as mulheres da aldeia, no Inverno, lavavam as roupas no regato da fonte.

Nas outras estações a lavandaria era instalada em qualquer parte dos rios.

No Verão, as pessoas das aldeias contíguas, especialmente de Travanca do Mondego, vinham à Foz do Dão lavar as suas roupas.

Também os moradores do Chamadouro, na mesma estação, vinham à aldeia encher as suas dornas.

É muito bom morar na próximidade da água. Tão bom, que o poeta um dia escreveu:
“É UM REGALO NA VIDA
À BEIRA DE ÁGUA MORAR
QUEM TEM SEDE VAI BEBER
QUEM TEM CALMA VAI NADAR”
Antes do desaparecimento da nossa terra, nós, pedindo desculpas ao poeta, poderiamos acrescentar:
“QUEM TEM FOME VAI PESCAR”

2 comentários:

Mena disse...

Antero parabéns pela idéia do blog.Ficou sendo uma leitura obrigatória nas minhas horas vagas.Um pouco de nossa história familiar com direito a ilustrações de nossas saudades...
Uma pergunta: vc conhece todas as pessoas das fotos?
Vc tem mais material para postar?
Adorei sua maneira de escrever sobre o assunto,parece uma conversa informal.Muito bom mesmo...Com carinho,Mena.

Anônimo disse...

Caro Antero,

Que bom recordar os tempos da Foz do Dão. Em pequenina, quando vinha a Portugal no Verão, brincava nas areias do rio Mondego, debaixo da ponte Salazar. Foi lá que aprendi a nadar. Ao fim da tarde depois de muito reboliço, a fome apertava e lá ia a menina do avô comer uma sandes de marmelada e queijo na tasca do ti Arnaldo. Também me recordo do ano em que fiz as chouriças com a tia Octávia e a tia Aida: faziam-se todas as vontades à menina do avô. Obrigada por este doce momento.
Marina:
filha da Maria Alice, neta do Mário Lôbo, sobrinha neta da tia Octávia, da tia Aida, da tia Hermínia, prima da Laura, prima do Antero e sobrinha bisneta do tio Luís, tudo malta da Foz do Dão.
PS: também tenho fotos antigas e dos anos 70.